Leishmaniose Visceral: tire seu cão dessa

A Leishmaniose Visceral Canina é uma das doenças mais graves que podem afetar o seu animal. Ela é transmitida por um protozoário que se instala no mosquito flebótomos, também conhecida como ‘mosquito-palha’. Os cães e roedores são considerados os principais reservatórios de parasitas por sua proximidade com o homem. A doença não é transmitida através de lambidas, mordidas ou afagos. O contágio da doença, tanto em pessoas quanto em animais, ocorre somente picada da fêmea do inseto.

 

Autorizado o tratamento de Leishmaniose Visceral

No começo de abril deste ano a presidente, Dilma Rousseff, sancionou a lei 12.604 que institui a ‘Semana Nacional de Combate e Controle a Leishmaniose’. As regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, e agora com um aumento de algumas cidades no Sudeste fazem da doença uma das seis doenças tropicais de maior relevância mundial e ocupa o segundo lugar, depois da malária, entre as infecções por protozoários que acometem os seres humanos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A Associação Mundial de Proteção Animal disponibilizou em seu site um mapa com as principais áreas contaminadas.

Sintomas

O aparecimento dos primeiros sintomas da Leishmaniose pode demorar algumas semanas, ou até anos. Os sinais de que seu cãozinho pode não estar legal são apatia, desanimo, fraqueza, sonolência, perda de apetite, emagrecimento rápido, feridas na pele, principalmente, no focinho, orelha, articulações e cauda, demora de cicatrização, pelos opacos, descamação e perda de pelos, aumento abdominal, olho vermelho, e secreção ocular, diarreia, vômito e sangramento intestinal.

Existem casos de animais infectados que nunca apresentaram nenhum sintoma.

Caso haja desconfiança da doença faça um exame parasitológico no animal, é recomendado utilizar mais de um método diagnóstico. Peça para que o veterinário acompanhe na etapa de coleta para garantir que a amostra seja adequadamente conservada e enviada a um laboratório credenciado e de confiança.

Tratamento

Existe um tratamento feito à base de medicamentos que consegue eliminar os sintomas e progredir a doença, desde que diagnosticada antecipadamente, ou seja, não existe cura para Leishmaniose Visceral.

Se após a avaliação clínica e laboratorial o diagnóstico for positivo, o proprietário deve ser informado pelo veterinário da hipótese de eutanásia. Por lei, o Estado proíbe o tratamento da doença com produtos para humanos ou não registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Prevenção

Para proteger seu cachorro da Leishmaniose Visceral, é necessário vaciná-lo anualmente contra a doença, utilize coleiras impregnadas com inseticidas ou produtos com ação adulticida proporcionada pela substância fipronil de ação prolongada, que devem ser reaplicadas a cada mês, inclusive quando for transportar o animal para outras regiões. Evite passeios com o cão no final da tarde, pois é o maior horário de atividade do mosquito transmissor. Use telas de malha fina no canil, ou na casinha do cachorro e proteja também a sua casa colocando nas portas e janelas, utilize também plantas com ação repelente a mosquito, como citronela e neem, e sempre mantenha o abrigo do animal, sem resto de fezes ou de alimentos.

Veja o manual que a WSPA preparou sobre Leishmaniose Visceral

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