Cuidado com a doença do carrapato

A Ehrlichiose, ou mais conhecida como a ‘doença do carrapato’, é uma infecção causada por bactérias do gênero Ehrlichia, ela é transmitida por picadas de carrapatos contaminados. Os hospedeiros dessa doença sempre são animais domésticos, como gato e cachorro. O período de incubação gira em torno de 1a 3 semanas, mas geralmente os sintomas sós se manifestam depois de 2 meses da contaminação. A incidência da doença vem aumentando significativamente nos últimos anos, em todas as regiões do Brasil.

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Sintomas

Os sinais clínicos podem ser divididos em três fases, a aguda, que é no início da infecção, a subclínica, que geralmente é assintomática e a crônica que é quando occore infecções persistentes.

Na fase aguda o animal pode ter febre de 39,5 ºC a 41,5 ºC, perda de apetite, peso e fraqueza muscular. Menos frequentemente observam-se perda total do apetite, depressão, sangramentos pela pele, nariz e urina, vômitos, dificuldade respiratória ou ainda edema nos membros. Este estágio pode perdurar por até 4 semanas e, ocasionalmente pode não ser percebido pelo proprietário. A fase subclínica é geralmente assintomática, onde ocorrer algumas complicações, tais como depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas.

Caso o sistema imune do animal não seja capaz de eliminar a bactéria, o animal poderá desenvolver a fase crônica da doença. Nesta fase, a doença assume as características de uma doença autoimune, com o comprometimento do sistema imunológico. Geralmente o animal apresenta os mesmos sinais da fase aguda, porém atenuados, e com a presença de infecções secundárias tais como pneumonias, diarreias, problemas de pele dentre outras. O animal pode também apresentar sangramentos crônicos devido ao baixo número de plaquetas, que são células responsáveis pela coagulação do sangue, ou cansaço e apatia devida à anemia.

Tratamento

O tratamento da doença do carrapato é feito por antibióticos e na fase aguda o tratamento pode durar até 21 dias e na fase crônica até 8 semanas. Mas em cães nas fases iniciais da doença, é possível observar a melhora do quadro clínico após 24 a 48 horas do início do tratamento.

A prevenção

A prevenção da doença é muito importante nos canis e em locais de grande concentração de animais. Devido à inexistência da vacina contra esta doença, a prevenção é realizada através do tratamento dos animais doentes e do controle do vetor da doença: o carrapato. Para tanto, produtos carrapaticidas ambientais e de uso tópico são bastante eficazes.

O Carrapato

As espécies mais comuns são as Rhipicephalus sanguineus, Ixodes ricinus, Ixodes hexagonus e Dermacentor reticulatus. A espécie Rhipicephalus sanguineus, conhecido também como carrapato marrom, é o principal vetor da doença.
Os carrapatos medem entre 0,35 e 1,5 centímetros. Uma fêmea adulta coloca entre 2.000 e 4.000 ovos, esses ovos podem sobreviver até três anos no meio ambiente.

Quando jovens têm seis patas, mas na idade adulta crescem mais duas patas. Os carrapatos se escondem até em árvores à espera de um hospedeiro. Quando um cão se aproxima de um carrapato, ele salta em cima dele e caminha por sua pelagem até chegar a seu lugar favorito, que costuma ser a região das orelhas, entre os dedos das patas traseiras e próximo aos olhos, nuca e pescoço. São nesses lugares que a pele do cão é mais fina e com maior fluxo sanguíneo.
Se o cão não for tratado com um produto adequado é normal encontrarmos carrapatos. Não se preocupe, pois carrapatos não tem nada a ver com a higiene do cão. Um simples passeio é suficiente para que seu cão tenha carrapatos. Não há cão no Brasil livre desses bichos. De qualquer forma, é provável que não detecte o carrapato se não procurar. Seu sucesso evolutivo está justamente no fato de passarem despercebidos. Quando picam seu cão, ele não sente, porque antes de introduzir sua boca, parecida com um estilete, o carrapato deposita uma pequena quantidade de saliva com propriedades anestésicas. Mas mesmo assim, a picada causará danos.

Como tirar um carrapato de um cão

Em primeiro lugar, arrancar o carrapato é contraindicado, pois se elimina apenas uma parte do corpo, sendo que o resto fica ainda aderido ao cão, podendo provocar infecções. O ideal é aplicar umas gotas de vaselina ou parafina ao redor, esfregá-lo um momento até que amacie um pouco a pele e depois tentar retirá-lo suavemente. Depois você pode se desfazer dos carrapatos colocando-os no álcool para que não escapem os ovos e morram. É importante lavar as mãos depois de manipulá-los. Existem instrumentos especiais para a extração do parasita, como pinças de carrapatos, que podem ser adquiridas em lojas especializadas.

Informações retiradas do Site do Cachorro.

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