Vídeo de rinha é retirado de exposição em SP

usine

Após protestos de visitantes, o vídeo “Usine”, que mostra cães e galos brigando em um espaço com cobras, aranhas e escorpiões, foi retirado neste domingo, dia 21, da mostra coletiva “Made By… Feito por Brasileiros”, em cartaz no Hospital Matarazzo, em São Paulo.

A assessoria de imprensa da exposição afirma que a obra do artista franco-argelino Adel Abdessemed foi excluída “em respeito a parte do público que se manifestou incomodado com a violência entre animais”. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, o artista não foi comunicado da exclusão do vídeo. Apenas a galeria que o representa – a David Zwirner, de Nova York – foi avisada. Outras duas obras do artista, “Dio” (2010) e “Zen” (2000), que não contêm imagens com animais, permanecem na mostra.

A decisão de retirar a obra foi tomada pela organização da mostra. Segundo a assessoria, o idealizador da exposição, Alexandre Allard, e o curador e diretor artístico, Marc Pottier, que estão fora do Brasil, estão cientes da medida.

No domingo, dia 21, o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA) havia criado um abaixo-assinado na internet para que a ministra da Cultura, Marta Suplicy, pedisse a retirada da obra de Abdessemed. Em dois dias foram arrecadadas 2.500 assinaturas.

No texto publicado na internet (LEIA AQUI) o grupo também reclamou da postura da ministra, que “elogiou o evento e não se posicionou contra a obra” do artista.

“Condeno maus-tratos de animais, e tal obra não me foi apresentada durante a visita que fiz à exposição”, disse a ministra à Folha, por meio de sua assessoria de imprensa. A ministra acrescentou que “a mostra é uma ocupação artística, de caráter privado, e tem uma curadoria que foi responsável pela escolha das obras” e que “não cabe ao ministério fazer controle de conteúdo”. No entanto, se disse aberta ao ouvir representantes da sociedade.

Segundo McGregor, a entidade previa entrar com uma ação contra Allard -proprietário do local e também idealizador da mostra-, via Ministério Público, alegando que “Usine” fere a legislação brasileira. McGregor citou leis que consideram crime a promoção de lutas entre animais e os maus-tratos.

Retirado da Folha de S.Paulo

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