O gato do século 21

hackerOs gatos estão mudando. E muito. Uma pesquisa divulgada pela BBC – a maior e mais antiga rede de rádio e TV do mundo – e pela Escola Real de Veterinária, da Universidade de Londres, mostra que nossos amados bichanos estão em um ponto decisivo da sua evolução. Eles estão mudando – e muito depressa – seu comportamento de milhares de anos para se adaptar às cidades e aos hábitos dos seres humanos do século 21. A BBC dividiu em três reportagens, e nomeou a série de ‘Relógio do Gato’, parte das conclusões dessa pesquisa, levadas ao ar em outubro, e o 6 Patas compartilha com você agora algumas das descobertas, que você pode conferir na íntegra no site da rede britânica.

Esta terceira e última reportagem da série mostra que os gatos que vivem em casas têm mudado drasticamente seu comportamento. Os pesquisadores colocaram quatro gatos desconhecidos entre si para viver na mesma casa. As idades eram variadas, de 4 a 16 anos. Em uma casa repleta de sensores e cada bichano com um colar eletrônico para monitorar seus movimentos, eles mostraram fatos surpreendentes.

1 – Os gatos brigaram por território, fosse por acesso a uma escada ou pela cama da dona – mas esses confrontos foram raros e pontuais. Eles aprenderam a negociar.

2 – Eles encontraram seu próprio jeito de dividir território. Por ser pequeno – uma casa – eles instintivamente passaram a compartilhar lugares por horários, revezando-se nos favoritos. Sem brigas. Pura negociação. Um dos gatos decidiu dormir na casa de um vizinho e voltava para passar o dia.

3 – Segundo os pesquisadores, os gatos adultos se comunicam com os outros por linguagem corporal. Miado é para filhotes “falarem” com a mãe. No entanto, os gatos adultos parecem ter descoberto que a linguagem corporal não funciona com os humanos – mas o miado, sim. Por isso, gatos adultos fazem papel de bebês com a gente. Apenas para chamar a atenção e conseguir o que querem.

4 – Os gatos de cidade têm preferido casas às ruas. Os pesquisadores estudaram 50 gatos de rua numa cidade e concluíram que eles procuram quintais e outros espaços de casas desconhecidas para dormir e se proteger. Às vezes, os humanos nem percebem. Às vezes, os recebem bem e deixam água e comida para quando aparecerem. E os gatinhos passam a fazer parte daquele espaço sem que tenham um dono, evitando a vida na rua – e dividindo território com os seres humanos.

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