Areia da orla de Santos está contaminada
Você sabia que o simples fato de levar o seu cachorro passear na praia, pode trazer sérios problemas para ele, para humanos e para a areia da praia?
Leia, na íntegra, a matéria da A Tribuna que afirma que de se todas as praias da cidade, apenas a da Ponta da Praia não apresentou contaminação da larva migrans, que transmite o bicho geográfico. Em toda a orla, 28,8% da areia analisada pela Prefeitura tem resultado positivo para a presença de parasitas. Boqueirão, Gonzaga e Embaré têm as maiores porcentagens das larvas em seu terreno arenoso. O levantamento faz parte de um estudo que a Secretaria Municipal de Saúde realiza em conjunto com a Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) e o Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte).
O solo a partir do Canal 6 não foi afetado pelo fato de a faixa de areia ser estreita e banhada pela água salgada do mar, que elimina as larvas. “Não se pode fazer nada na areia contaminada. Mas, com esse resultado, passamos a investir pesado em orientação e educação, para que donos de cães recolham os dejetos e deem o destino correto”, diz o veterinário Laerte Carvalho, da Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Sevicoz).
O bicho geográfico é uma doença causada por parasitas intestinais de cães e gatos. Ao defecar na terra ou areia, os ovos eliminados nas fezes transformam-se em larvas. Existem as larvas cutâneas ancilostomídeo, que penetram a pele e formam uma lesão, espécie de um caminho (daí a origem do nome popular).
Além de vermelhidão, causa muita coceira. “É mais comum nos pés, mas pode aparecer em qualquer lugar que a pessoa tenha contato com a areia contaminada”, diz o dermatologista Ruy Duarte de Almeida.
A larva também tem uma versão visceral (toxocara), que atinge o intestino das pessoas. É menos comum, mas está presente nas praias santistas. Nos dois casos, o tratamento é feito com remédios para uso local ou comprimidos.