Vereador quer proibir a venda de animais
O vereador Marcell Moraes (PV) protocolou na Câmara um projeto para proibir a venda, reprodução e criação de animais em pet shops de Salvador. A reportagem foi publicada no Bahia Notícias. Ele argumenta que os estabelecimentos não são locais apropriados para tais atividades.
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“Tratados como mercadoria e não seres vivos, os animais ficam expostos a maus-tratos, em locais pequenos e abafados. Existem ainda alimentos próximos aos dejetos e casos de excesso ou falta de luminosidade prejudicando os animais expostos”, justifica. Em sua proposta, o vereador sugere a comercialização de animais somente em canis, gatis, e criatórios específicos para outras espécies “regulamente registrados nos órgãos competentes”.
O presidente da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais na Bahia (Anclivepa), Cesar Olímpio, define o projeto do vereador Marcell Moraes (PV), que se coloca como protetor dos animais, de proibir a comercialização de animais em Pet Shop. Em entrevista ao Metro1, nesta quinta-feira, dia 14, o médico veterinário se colocou à disposição do vereador para debater o assunto e alertou para as reais necessidades dos animais. “O problema não está onde os animais são vendidos, mas se são bem tratados ou não”, defendeu Olímpio, que acredita que o vereador busca ter o projeto como uma estratégia de marketing para alavancar ser mandato. “O político sempre busca uma jogada de marketing para manter suas atividades em ascensão. Todo político tenta interferir buscando sua promoção, senão ele não precisaria divulgar o que faz”, concluiu.
Após as críticas do presidente da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais na Bahia (Anclivepa), Cesar Olímpio, o parlamentar entrou em contato com a redação do Metro1 para expor sua posição sobre o assunto. Marcell se disse surpreso com a posição do médico-veterinário. “Ele sabe as dificuldades que um animal passa em Pet Shop, expostos ao sol, ar-condicionado, além das pessoas pegando o animal na mão, transmitindo doença. Esse é um pensamento arcaico, medieval. Minha campanha é que animal não é pra ser vendido. Amigo não se compra, se conquista. Defendo adoção, porque temos 145 mil animais dispostos a serem adotados”, defendeu o vereador, que negou promoção pessoal com o projeto. “Não existe jogada de marketing nenhuma. Eu não preciso disso. Sou ambientalista há 15 anos. Eu entendo que eles ganham muito dinheiro e isso mexe com interesses, afinal só com a venda de um Pug eles faturam R$ 3.500”, disse.
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