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Conselho de Veterinária do Pará repudia prefeitura

caO médico veterinário da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e membro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Pará, Eriberto Figueiredo, condena a atitude do prefeito de Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó, que determinou a caça de cães no município sob a alegação de que os animais estariam transmitindo doenças para a população. “O que esse prefeito está fazendo é crime, previsto em lei.”

 

De acordo com o veterinário, a medida correta seria a manutenção de um centro de zoonoses na cidade, onde pudessem ser realizados tratamentos nos cães, com o acompanhamento de um médico veterinário para cuidar dos cachorros. “Se ele quer controlar a população desses animais, teria que montar um laboratório para castrar os cães e esterilizar as fêmeas, para que eles não se reproduzam. Nada justifica chamar a própria população para fazer isso”, diz, acrescentando que também existe uma coleira repelente que pode ser colocada no animal, evitando que o mosquito que transmite a leishmaniose pique o cão contaminado e depois transmita a doença para o homem.

Figueiredo diz ainda que em situações como esta é necessário o envolvimento de órgãos de saúde para realização de uma ação conjunta de prevenção e disseminação de enfermidades, com a distribuição de panfletos e orientação junto à população. “A primeira coisa que deve ser feita é um estudo, um levantamento das doenças para o controle epidemiológico e sanitário. Também é preciso que se façam parcerias junto à Secretaria de Estado de Saúde do Para (Sespa) ou até mesmo junto ao Ministério da Saúde, que tem agentes para trabalhar nessa situação. O prefeito teria que pedir o apoio do estado e da federação, existem verbas para isso”.

Como representante do CRMV-PA, Eriberto Figueredo informou também que a entidade está tomando medidas para que o caso seja apurado com devido rigor. Na última segunda-feira, dia 3, em parceria com outras organizações de defesa dos animais, um relatório foi entregue em mãos ao delegado Rilmar Firmino de Souza, da Delegacia Geral da Policia Civil do Para.  A situação foi apresentada ainda a Comissão de Bioética do conselho, durante reunião realizada na terça-feira, dia 4.

Informações do G1

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