Cadela que teve pele arrancada precisa de ajuda
A cena é dolorosa. Após todos os cuidados que a cachorrinha Vitória vem recebendo, tudo leva a crer que ela ficará bem.
O animal teve parte da pele das costas e da falange arrancadas com faca e corre o risco de ter uma das patas amputadas após uma sessão de maus tratos praticada por adolescentes no bairro Coophavila, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Batizada de Vitória Guerreira depois de superar tanta violência, a filhote de 3 meses, uma mistura de pinscher com vira-lata, está sob os cuidados de uma clínica veterinária 24 horas na Rua Joaquim Murtinho. Segundo Jucinara Pereira, proprietária do local, a cadela chegou por volta das 17h do sábado, dia 30 do mês passado, gritando de bastante de dor. Segundo a dona da clínica, a sensação dos plantonistas que atenderam o animal foi de revolta.
“O cachorro chegou sem a pele nas costas, mas não estava sangrando. Por dentro a pele estava gelada. Acreditamos que foram horas de maltrato”, relata Jucinara. No último domingo, a polícia ainda fazia buscas pelos adolescentes que teriam maltratado Vitória. Moradores contaram que os jovens teriam o costume de praticar maus-tratos contra animais no bairro.
O caso será levado ao Ministério Público, segundo Jucinara. Mas essa não é a principal preocupação no momento, diz a veterinária, que tem tomado todas as providências para que animal volte a ficar bem.
A clínica vai iniciar o tratamento em Vitória e aguarda a chegada ainda nesta semana de células tronco vindas de Brasília para recuperação da pele. No momento, o cachorro está sob cuidados e, a todo momento, recebe muitas visitas de pessoas sensibilizadas com o caso, algumas abaladas e chorando.
A cachorra tem recebido alimentação na veia e antibiótico de 12 em 12 horas, além de remédio para aliviar a dor de 6 em 6 horas. De acordo com Jucinara, Vitória está respondendo bem ao tratamento, mas os cuidados são maiores devido à temperatura corporal do animal que está constantemente em oscilação.
O nome Vitória Guerreira foi dado à cachorra por Simona Zain, 36 anos, que fez o resgate junto da amiga Geomar Lubas, 60 anos. “Eu não tenho o que falar sobre o que aconteceu. Nunca tinha visto nada igual em todos esses anos ajudando animais”, conta Simona que cuida de 18 cachorros e agora aguarda a chegada da mais nova moradora.
“Vitória já é minha. Ela viu o lado ruim da vida, mas comigo verá o lado bom”, destacou a serralheira que está horrorizada com a cena que viu. “Não consegui dormi esta noite pensando nos gritos dela”, afirma ela que registrou boletim de ocorrência junto à delegacia. “Esses adolescentes precisam ser punidos como exemplo para que não ocorram mais barbaridades como essa”, completou.
Simona precisa de ajuda financeira para pagar o tratamento de Vitória. Para ajudar, deposite qualquer quantia na conta:
Informações: Diário Digital