Após Royal, ativistas miram outro laboratório
Enquanto comemoravam o fechamento do Instituto Royal, ativistas elegeram na última quarta-feira um novo alvo na cidade: os laboratórios da Tecam Tecnologia Ambiental. Segundo eles, a companhia também realiza testes com animais. Com sede em São Paulo, a empresa tem laboratórios e um biotério para criação de roedores em Carmo, zona rural de São Roque.
Ativistas nas redes sociais, entretanto, mostram a antiga página da empresa, que foi retirada do ar. Nela, havia informações de que o laboratório faz testem em animais, como ratos, camundongos, coelhos e cobaias, para produtos agroquímicos, cosméticos e medicamentos.
O promotor Wilson Velasco, que apura denúncias de maus-tratos no Instituto Royal, afirmou que as atividades da Tecam também serão investigadas. “Faremos uma nova reunião e, se houver irregularidade, vamos apurar.” A diretora da Tecam, Cíntia Pestana, afirmou que a empresa não usa cães. “Somos uma pequena empresa privada, não recebemos dinheiro público e os únicos animais utilizados são camundongos.” Segundo ela, os funcionários estão assustados. “Estamos muito temerosos com essa perspectiva de uma invasão aqui.”
Cerca de 50 ativistas fizeram um protesto na frente do Fórum de São Roque contra a suposta demora na apuração de maus-tratos no Royal. Apesar de ter sido informado de que o instituto havia decidido encerrar as atividades no município, o grupo manteve o ato. O protesto ocorreu sob forte esquema de segurança para a região – 30 policiais militares e 25 guardas municipais isolaram o fórum. A via pública foi interditada e o trânsito, desviado. Em cima de um carro de som, o ativista Leandro Ferro criticou o promotor que apura as denúncias de maus-tratos e disse que ele deveria ser substituído.
Fontes: Estadão e Correio Rac
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