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Ambiental interdita canil com mais de 1,5 mil cães por maus-tratos em Piedade

A Polícia Militar Ambiental fechou um canil com cerca de 1,5 mil cães em situação de maus-tratos, na quarta-feira, 13, em Piedade, interior de São Paulo.

Na manhã desta quinta, 14, os cães estavam sendo transferidos para entidades de proteção animal. A equipe, que foi ao local após denúncia anônima, encontrou cães sem alimentação, acondicionados em ambientes sujos, com sintomas de doenças e recebendo medicação com prazo de validade vencido. Na propriedade, no bairro rural de Goiabas, foram constatados danos ambientais. A reportagem entrou em contato com o canil e ainda aguarda o retorno.

Conforme a Ambiental, o canil se dedicava à criação, reprodução e vendas de cães de raça. Após constatar que muitos animais estavam sem comida e em condições higiênicas inadequadas, os policiais acionaram a Vigilância Sanitária do município. Os fiscais relataram situações de maus-tratos, como cãezinhos presos em gaiolas ou baias inadequadas, e o uso de medicamentos fora do prazo de validade. O local foi interditado.

A Ambiental verificou também danos ambientais, como a captação de água não autorizada em córrego e o despejo de dejetos diretamente no solo e no manancial, causando poluição. Os proprietários foram autuados e podem ser multados.

A vigilância também autuou os proprietários “por não atender o código sanitário vigente e demais legislações estaduais e municipais”. De acordo com a prefeitura, os cães estão sendo encaminhados para institutos de proteção animal, conforme orientação da Ambiental. Ainda segundo a prefeitura, na atual gestão, iniciada em 2017, não houve registro de denúncia contra o canil, que possuía inscrição municipal.

O canil Céu Azul abastecia pet shops da capital e de cidades do interior com animais bastante requisitados das raças chihuahua, boston-terrier, yorkshire, pequinês e chow-chow, entre outras. Em sua página em uma rede social, há avaliações positivas e referências elogiosas ao canil. A interdição gerou comentários críticos e usuários também defenderam o local nas redes sociais.

Retirado: Estadão

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