Relato de um resgate emocionante

Quando três excursionistas encontraram um cadela perdida em um parque nacional da Austrália, sabiam que tinham de salvá-la. Mas ela estava esgotada de tentar se manter viva nas águas profundas, e já não conseguia mais se mover. O trio se recusou a desistir, e depois de inúmeras tentativas, eles finalmente encontraram uma maneira inteligente de tirá-la dessa densa floresta.

Meu marido e eu levamos meu pai para ver algumas piscinas rochosas em uma seção razoavelmente isolada do parque nacional “Mount Glorious” na Austrália. Enquanto nós andávamos ao longo do leito do riacho, nós observamos logo à frente uma perturbação em uma das piscinas profundas. Achamos ser um pequeno canguru ou um ornitorrinco, nos aproximamos quietamente, apenas para vermos este rostinho desesperado olhando para trás. Honestamente, foi a visão mais triste que tivemos.

Nos aproximamos cuidadosamente, não sabendo se era um cão domesticado ou selvagem. De qualquer forma, não poderíamos deixá-la lá naquela água congelante. Ela estava completamente esgotada de suas tentativas de sair da seção profunda que tinha caído, e não havia nenhuma maneira de sobreviver durante a noite.

Nós tomamos muito cuidado e nos armamos com um bastão, caso o animal quisesse se defender quando nós o puxássemos para fora d’água. Gentilmente laçamos uma corda em volta de sua cabeça/ombros, e com um pouco de esforço, arrastamos ela para fora das rochas. A cadela não era nem um pouco agressiva, e na verdade ela timidamente se distanciou de nós, subindo o declive e em direção aos grandes arbustos ao lado da piscina. Enquanto ela se distanciava de nós, vimos que ela era uma fêmea castrada – num dado momento ela deve ter sido domesticada.

Imaginamos que se ela já foi o animal de alguém, havia a possibilidade de ela ter sido abandonada ou perdida. Mesmo ela não estando interessada em se aproximar de nós, sabíamos novamente que não poderíamos deixa-la lá. Ela estava em uma seção completamente inóspita de arbustos, em um lado havia um barranco com um penhasco e hectares do parque nacional, e no outro um declive árido, rochoso e não escalável que se encontrava próximo a uma estrada movimentada.

Também não haviam casas perto, por pelo menos de um raio de 5km, e nenhuma maneira óbvia para que ela pudesse sair do barranco. Nós vimos seu pequeno traseiro rechonchudo desaparecer nos arbustos, não nos dando nenhuma outra opção a não ser ir atrás dela. Devido à grande densidade dos arbustos, nós perdemos ela de vista. As vezes nós conseguíamos ouvi-la tentando subir o declive, e finalmente nós a vimos cerca de 10 metros à frente, se escondendo na densa vegetação rasteira.

Nos aproximamos de 3 lados, para evitar que ela escapasse novamente. Quando nos aproximamos lentamente em seu esconderijo, nós vimos que ela tinha feito sozinha um pequeno buraco na margem, e até mesmo feito um túnel através dos arbustos que ia em direção à uma poça.

Nesta fase, ainda não tínhamos certeza se ela nos deixaria chegar perto dela, então sentamos com ela por um momento para ver como responderia. Ela estava muito deprimida e obviamente ainda esgotada. Eu removi os arbustos de seu pequeno ninho, e gradualmente me aproximei, deixando-a se acostumar com nossa presença. Ela ainda estava apreensiva, mas não agressiva, assim após um momento eu tomei a liberdade e acariciei sua cabeça… e ela me recompensou com uma lambida na mão.

Apesar de obviamente termos acampado lá por no mínimo alguns dias, nós notamos que nossa companheirinha não estava nem um pouco magra, nos levando a chamá-la de senhorita Porquinha. Passamos um pouco mais de tempo nos familiarizando com a senhorita Porquinha, enquanto pensávamos em um plano para tirá-la de lá.

A ideia de persuadi-la a sair por volta do leito do riacho pareceu muito ruim, levando em consideração quão cansada e gorda ela era, e também a dificuldade de passa-la em volta das poças e sobre as grande rochas. Tínhamos cordas para descer em escaladas de cachoeiras, então decidimos que se nós pudéssemos amarra-la firmemente, nós poderíamos puxá-la na estrada acima de nós. Nós criamos um cinto de segurança improvisado com nós não deslizantes, e tentamos persuadir a senhorita Porquinha a escalar lentamente através das pedras áridas e frouxas.

Ela (previsivelmente) não estava muito interessada nisso, então nós discutimos sobre carregar/empurrá-la pelo caminho – uma pessoa a guiava pela frente e outra a empurrava/carregava por trás. Nós fixamos a extremidade longa da corda em algumas árvores acima, para impedir que ela deslizasse o declive abaixo, e tentado progredir lentamente.

O problema principal era que com exceção dos arbustos e das rochas frouxas sob a base, o declive era extremamente íngreme, e preenchido com cipós. Cada um de nós estava se prendendo nos cipós, e a senhorita Porquinha fazia pouco à nenhum progresso. Nós estávamos tentando colocá-la sobre uma borda de uma pequena rocha, e enquanto eu lhe dei um impulso, ela mexeu seu corpo em uma manobra, removendo completamente seu cinto de segurança.

Ela saiu em direção ao seu esconderijo sobre os arbustos, comigo indo atrás dela, tentando impedir sua fuga. A única maneira que eu poderia impedi-la foi por parar em sua frente e traze-la de volta antes que fugisse para o campo aberto. Com seu plano de fuga fracassado, ela se moveu para baixo da vegetação rasteira e recomeçou seu estado como um objeto imóvel.

A senhorita Porquinha estava compreensivelmente assustada e exausta, então esperamos por um pouco mais de tempo para que ela se acalmasse, com muitos carinhos e tranquilização.

A querida cachorrinha mostrou sua apreciação de nossa paciência por se esfregar em mim e descansar sua cabeça em minha perna. Eu não queria estar familiarizado demais com ela neste momento, mas ela me deu a liberdade de lhe dar um abraço tranquilizante. Estava ficando bem óbvio que ela não seria capaz de subir o declive a menos que nós a carregássemos, então nós elaboramos ideias sobre um cinto de segurança e uma rede, usando toalhas e cordas.

Meu marido teve uma ideia, lembrando que nós tínhamos um grande saco de lona em nosso carro (15 minutos de distância do riacho). Nós pensamos que se nós pudéssemos coloca-la no saco, nós poderíamos dar uma de MacGyver e juntar alguns objetos para transporta-la para fora.

Nossa primeira medida do sucesso foi que ela coube no saco.

Os meninos levantaram-na para ver se aguentariam carrega-la até em cima. Em estimativa, a senhorita Porquinha pesava aproximadamente 40 quilos. Na terra plana, isso provavelmente não seria um problema, mas nós não queríamos arriscar deixá-la cair ou arrastá-la morro abaixo.

Os meninos levantaram-na para ver se aguentariam carrega-la até em cima. Em estimativa, a senhorita Porquinha pesava aproximadamente 40 quilos. Na terra plana, isso provavelmente não seria um problema, mas nós não queríamos arriscar deixá-la cair ou arrasta-la morro abaixo.

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