Nunca deixe um cachorro sozinho por muito tempo
Como seus parentes selvagens, os lobos, os cães também precisam do grupo para se sentirem úteis e bem. Cachorros precisam da companhia de sua matilha/família.
Deixar um cachorro sozinho por muito tempo é, na verdade, uma das piores formas de maltratá-lo, pois ele normalmente não possui constituição psíquica para isso. Como já dito: cães vivem em matilhas, nunca sozinhos.
Um cão que fica preso em casa e passa muitas horas sozinho, termina sofrendo de tédio, apatia ou até mesmo de depressão. Uns podem se tornar agressivos contra os donos e desenvolver a tendência de destruir as coisas na casa (que é uma forma de liberar sua frustração e de pedir ajuda e atenção!).
Por isso, evite deixar seu cachorro sozinho por muitas horas.
É claro que nem todo cachorro é igual e alguns são mais sensíveis que outros, mas todos os cães sofrem quando ficam muito tempo sozinhos. Evite, portanto, deixar seu cachorro só por muitas horas.
O tempo que um cachorro pode ficar só sem sofrer varia de animal para animal, mas se encontra normalmente entre 2 e 4 horas. O máximo de 6 horas jamais deveria ser ultrapassado.
Se você trabalha fora e não pode levar seu cão consigo, reflita se realmente está em condições de criar um cachorro ou busque uma forma de não deixá-lo só por muito tempo.
Uma alternativa seria pedir para alguém tomar conta dele enquanto você estiver fora. Se a pessoa não puder levá-lo para casa e tomar conta dele o tempo todo, peça para ela passar pelo menos de tempo em tempo para dar ao animal um pouco de atenção e lhe fazer companhia.
Outra possibilidade seria a de ter mais um cachorro, pois assim eles fariam companhia um ao outro (mas atenção: o fato de ter dois cachorros não seria carta branca para ficar fora por muito tempo e largar os animais sozinhos. Juntos eles sofrem menos, mas, ainda assim: eles sentem sua falta e precisam de sua companhia!).
“Belo era um cachorro brincalhão, que dava muitas alegrias a seus humanos. Ele fora adotado pela família na época em que a mãe estava grávida e de licença-maternidade. Assim, Belo vivia integrado na família, tendo sempre a companhia de alguém.
Um tempo depois, a criança foi para uma creche e a mãe voltou a trabalhar. Depois da creche, a criança era buscada pelos avós, que a levavam para casa, onde ficava então até a mãe voltar, o que normalmente ocorria 8 a 10 horas depois.
Belo passava todo esse tempo sozinho em casa.
Aos poucos, o animal foi esmorecendo, perdendo seu jeito alegre, ficava triste pelos cantos durante o dia todo, aguardando a família chegar. Quando alguém chegava, ele ficava tão ansioso que não se controlava, latia e uivava e urinava involuntariamente por causa da apreensão segurada durante todo o dia.
Pela manhã, antes da mãe sair para levar a criança para a creche e depois ir trabalhar, Belo começou a ficar agressivo e rabugento, pois não queria que todos fossem embora e o deixassem novamente sozinho. Isso fazia com que Belo começasse a destruir literalmente toda a casa assim que ficava só, roendo sapatos, rasgando o sofá e aprontando até cansar e cair exausto e deprimido em um canto para, apático, esperar pelo retorno de sua matilha.”
Situação horrível, não? Mas é bem mais comum do que se imagina, assim ou de forma semelhante.
Texto retirado: Caminhos.eu