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Desfile de Ronaldo Fraga começa com um vira-lata

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O desfile de Ronaldo Fraga, que acontece neste momento na SPFW – São Paulo Fashion Week, teve seu início marcado por uma participação especial. Capitu, uma linda vira-lata faz seu début na passarela, transformando a catwalk em dogwalk e tendo como adorno em seu pescoço uma sacola de compras que carrega o mote de uma nova campanha: “ANIMAL NÃO É GRIFE. ADOTE, NÃO COMPRE”.

A concepção da campanha é uma iniciativa da PEA – Projeto Esperança Animal em conjunto com agência de propaganda Leo Burnett Tailor Made. Juntos, ONG e criativos pensaram em uma maneira diferente de chamar a atenção para a causa explorando a celebração dos 20 anos da SPFW. Edição esta que se adequa bastante à proposta, uma vez que além de reunir as grifes mais desejadas do país, inspira-se no tema do emblemático movimento Bauhaus.

Símbolo de um momento importante de transição no início do século XX, o movimento Bauhaus revolucionou várias esferas da criação e na atitude das pessoas, levantando questões contundentes e profundas como conexão, mudança, movimento, revisões e grandes transformações. “Sem dúvida, o cenário perfeito para revermos nossos conceitos e lembrar que animal não é uma grife e sim uma vida”, ressalta Estela Aragon, Coordenadora de Projetos da PEA.

Capitu

Com 6 anos de idade, Capitu é uma linda cadela, oriunda da mistura de Border Collie com vira-lata, que vive na cidade de São Paulo. Adotada quando tinha apenas 2 meses de vida, Capitu é adestrada, adora uma bolinha e faz parte de uma ninhada de cinco filhotes, onde todos foram adotados.

Adoção em números

Não há estimativa precisa sobre a quantidade de animais domésticos que são exterminados no País. Os mais otimistas sugerem que mais de 100 mil animais são recolhidos das ruas e executados pelo poder público no Brasil. Porém, algumas entidades acreditam que esse número pode se aproximar de 1 milhão de cães e gatos mortos anualmente.

Certo é que a captura, a guarda e o extermínio de animais geram despesas aos cofres públicos, não resolvem o problema da superpopulação e alimentam um ciclo interminável de mortes. Estima-se ainda que 30% dos animais abandonados nas ruas de São Paulo são animais de raça, que os próprios donos abandonaram depois que os mesmos cresceram ou ficaram doentes.

Antes da aprovação da Lei no estado de SP nº 12.916/2008, que proíbe a morte de animais sadios recolhidos pelos municípios do estado, eram mortos 20 mil animais por ano apenas na capital.SPFW

Retirado Agito SP

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