Cães explorados em rinha eram assados para consumo
O delegado Matheus Laiola contou que os pit bulls estavam brigando em uma arena improvisada quando a polícia chegou ao local.
“Encontramos um cenário de duelo, cachorro brigando, cachorro já morto, outros machucados, inclusive animal assado. Eles comiam e davam para outros animais comerem”, explicou ao portal R7.
Três ONGs de proteção animal – “Instituto Luisa Mell”, “Encontrei um Amigo” e “Pits Ales” – resgataram os 21 pit bulls que estavam no local. A polícia prendeu 41 pessoas, entre elas um médico, um policial militar e um veterinário, que teve o nome revelado pelo CRMV (confira nota oficial da instituição clicando aqui).
Medicamentos também foram apreendidos. De acordo com o delegado Jan Plzak, havia “estimulantes, mas tinham outros remédios que eram usados nos animais já feridos. Não porque eram bonzinhos, mas para reabilitá-los para a próxima luta”.
Alguns cachorros possuem escoriações pelo corpo e cinco estão em estado grave, segundo a médica veterinária Marina Passadore. Um deles corre risco de morrer. “Encontraram testosterona que aplicavam nos machos para estimular e aumentar a agressividade. Eles são muito bonzinhos com seres humanos, não morderam ninguém, todo mundo pegou no colo. Mas não deu para colocar um perto do outro que eles se pegam como se fosse a rinha”, contou a veterinária.
Os cães serão submetidos a exames e após serem castrados serão avaliados para que seja analisada a possibilidade de serem disponibilizados para adoção.
As pessoas que foram presas por envolvimento na rinha irão responder pelos crimes de maus-tratos a animais, associação criminosa e prática de jogo de azar. As penas podem passar de cinco anos de detenção.
Retirado: Anda