Cadela de rua recebe homenagem após a morte

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Uma cachorrinha de rua que viveu por 12 anos em uma praia de Guarujá, no litoral de São Paulo, teve sua memória eternizada por uma placa de bronze fixada em um paredão de pedra.

A homenagem foi feita por três amigos que ajudaram a cuidar do animal e tem despertado a curiosidade de quem passa pelo local.

neguinha3Neguinha faleceu de câncer há dois anos. Embora tenha aproveitado boa parte da vida na rua, era cuidada por moradores do bairro Astúrias e “amigos” que fez ao longo dos anos. É o caso do gerente André Bertoloni. Ele mora em Santos, mas frequenta a praia com amigos há pelo menos cinco anos, quando conheceu a cadelinha.

“Eu e dois amigos, um de Guarujá e outro de Campinas, frequentamos o local e acabamos conhecendo ela. A Neguinha era uma vira-lata muito querida por todos. O carioca que vende churrasco dava comida, outro rapaz fez uma casinha, e ela também ia ao veterinário. Assim convivíamos, dá para dizer que ela era uma ‘cachorra comunitária’, amada e cuidada”, diz Bertoloni.

No decorrer dos anos e por conta da idade, Neguinha começou a visitar o veterinário semanalmente. Um dos moradores da região a levou para casa e ofereceu os cuidados necessários, até a cachorrinha se recuperar. A mascote do bairro, então, retornou para o “Canto dos Pescadores”, onde vivia, mas adoeceu novamente.

“Ela teve um probleminha, ficou boa, mas depois piorou novamente, então a levei para o veterinário e descobrimos um câncer. Tratei dela, mas, infelizmente, Neguinha não resistiu e acabou morrendo há dois anos, em junho de 2013”, recorda o gerente.

A relação de amizade entre Neguinha e os moradores marcou tanto que o grupo decidiu se mobilizar para homenagear a cadela com uma placa de bronze. O objeto desperta a curiosidade de quem passa pelo local e já repercutiu na internet. São centenas de compartilhamentos nas redes sociais questionando “quem foi Neguinha?”.

Segundo Bertoloni, certamente Neguinha foi um animal que merece ser lembrado eternamente. “Tanta gente gostava dela aqui que tivemos a ideia de colocar uma plaquinha no alto do paredão onde o pessoal costuma pescar, assim, a lembrança dela permanecerá”, conclui.

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G1

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