Cachorro que esperava há três anos pelo dono em hospital morre atropelado

Negão, o cãozinho que há três anos passou a morar no pátio do Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, à espera do dono que morreu, foi atropelado na manhã desta terça-feira e não resistiu. Beatriz Machado, fundadora da ONG Viva Bicho, que acompanhava Negão, diz que ele tomava sol no estacionamento e não foi visto pelo motorista de um carro.

Quando percebeu o que tinha ocorrido ele parou o veículo e tentou ajudar, mas não havia mais o que fazer.

A morte de Negão emocionou a voluntária e os trabalhadores do hospital. Arlindo Cunha, que trabalha na manutenção do jardim, lamentou a partida do amigo de quatro patas:

_ Era um cachorro muito dócil. Um animal é assim, se a gente dá carinho, recebe carinho em troca também.

Negão ficou famoso no Brasil inteiro depois que a história veio à tona, em novembro de 2016. Na época, já fazia oito meses que vivia no pátio do hospital.

O primeiro tutor de Negão, que morava na rua, teve uma infecção generalizada e precisou ser socorrido às pressas pelo Samu. O cão acompanhou todo o trajeto até o pronto socorro, correndo ao lado da ambulância.

Ele não chegou a ver o momento em que o companheiro deixou o hospital, já sem vida. E associou o barulho das sirenes à presença do amigo. Desde então, corria ansioso sempre que via a ambulância chegar.

A rotina e as correrias do cãozinho chamaram atenção dos funcionários do hospital. Descobriram a história dele, resolveram cuidar e lhe deram nome e sobrenome: Negão Cardoso.

O cachorro chegou a ser adotado, e até roubado, diversas vezes. Mas sempre voltava ao hospital. Logo que a história veio à tona, Negão recebia visitas e mimos de muita gente que passava pelo hospital. Com o tempo a ajuda diminuiu, e ele passsou a ser mantido pela ONG Viva Bicho, que fornecia alimentação e os banhos.

A simpatia de Negão e seu exemplo de lealdade deixarão saudades no Ruth Cardoso.

Retirado: NSC Total

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