Após construção de canil, presídios de Tremembé vão receber cães e gatos abandonados

Para tentar resolver a superlotação no Centro de Zoonoses de Taubaté, dois presídios de Tremembé vão começar a receber cães e gatos. A construção do canil, com capacidade para 200 animais.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), os canis serão construídos por 10 detentos no Pemano, que abriga presos do regime semiaberto, e no P1, conhecido por abrigar presos com caso de grande repercussão. As obras devem durar quatro meses, mas ainda não há previsão de quando os animais serão levados para os locais.

Outros detentos serão capacitados para técnicas de banho, tosa e adestramento. O trabalho é um mecanismo para o abatimento da pena do detento. “Isso vai ajudar os presos a terem trabalho e diminuir o número de animais abandonados em Taubaté”, explicou o diretor geral da P1, André Luiz Bolognin.

A ideia foi da juíza Sueli Zeraik, que atua na 1ª Vara de Execuções Criminais (VEC) de Taubaté. Segundo ela, o contato do preso com os animais é responsável por criar afeto, carinho e a reaproximação com as pessoas.

“Lendo um artigo sobre a naturalidade do amor animal, achei que seria interessante unir os dois: quem dá amor, que é o animal, e quem precisa receber, que é o detento. A expectativa é de que o projeto dê certo”, explicou Sueli.

CCZ

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) abriga cerca de 500 animais em Taubaté. Destes, apenas 30 são doados por mês.

Com o projeto, a expectativa é que o número aumente, já que os animais que vão para os presídios vão ficar disponíveis para adoção pelos familiares dos presos e pela população, que terá acesso ao canil sem precisar entrar dentro dos presídios.

“O projeto é importante porque quando o detento sair do regime fechado pode existir a possibilidade dele trabalhar com animais. Além disso, vai desafogar o CCZ e permitir que possamos nos dedicar melhor a investigação dos casos de zoonoses”, explicou o coordenador do CCZ, José Antônio Cardoso.

Retirado: G1

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