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Conheça as principais doenças em gatos

gato-doente-667x772É uma delícia ver nossos gatos saudáveis, caçando mosquitos ou bolinhas de papel pela casa, entre uma soneca e outra. Mas é bom saber que eles estão sujeitos a algumas doenças que podem afetar sua saúde e colocar sua vida em risco. É importante conhecer essas doenças e seus sintomas, para que você saiba agir rápido, em caso de necessidade. Veja quais são as principais doenças que afetam os felinos:

Peritonite Infecciosa Felina (PIF)

É um vírus que contamina o abdómen, o fígado, rins, cérebro e sistema nervoso, criando nessas zonas abcessos e infecções. A transmissão pode ocorrer de duas formas: através do contato do gato saudável com as fezes de um felino contaminado (por exemplo, se existem vários gatos compartilhando a mesma caixa de areia) ou através da amamentação, em que a gata infecta as suas crias. Perda de apetite, emagrecimento, anemia, diarreia, febre constante, abdómen distendido, gânglios linfáticos aumentados são alguns dos sintomas.

Infelizmente esta é uma doença fatal para os gatos, não existindo qualquer cura. Uma vez diagnosticada, poderão não viver muito mais tempo. Aqueles que conseguem resistir à PIF podem viver mais dois anos, no máximo, com a ajuda de um tratamento de apoio.

Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV)

Como também conhecido como “aids felina”, é bom saber que o FIV é um vírus que afeta exclusivamente os gatos. Ele diminui drasticamente as capacidades imunológicas, o que proporciona o fácil aparecimento de infecções e outras doenças.

É transmitido por um gato infectado, principalmente por meio do sangue, sendo esse tipo de contato muito frequente durante as brigas de gatos, onde as mordidas provocam feridas abertas. Os gatos podem viver até cinco anos antes de se descobrir que são portadores do FIV . Mas, se sintomas como falta de apetite, emagrecimento, febre, diarreia ou dificuldades respiratórias persistirem, é melhor fazer o teste.

Uma vez transmitido, o vírus aloja-se no corpo para sempre. Não existe cura, mas podem viver uma vida normal e longa, desde que o dono lhe proporcione uma alimentação saudável e equilibrada, complementada com suplementos vitamínicos. Também deve assegurar a vacinação sempre em dia, mantendo-se sempre atento à condição física e, claro, mantê-los dentro de casa para não correr o risco de ficarem doentes e para não poderem infectar mais nenhum outro gato.

Rim Policístico (PKD)

A Doença do Rim Policístico ou PKD (do inglês “Polycystic Kidney Disease”) é caracterizada pelo surgimento de cistos no rim, causando disfunção renal. A formação dos cistos ocorre ainda no período gestacional, porém eles aumentam de tamanho com o passar do tempo e podem variar de 1 milímetro a 1 centímetro de diâmetro. Normalmente animais mais velhos apresentam cistos maiores e em maior quantidade que animais mais jovens.

Alguns dos sintomas clínicos da doença são: depressão, perda ou redução do apetite, sede demasiada, urinar excessivamente e perda de peso. Os problemas começam com o crescimento dos cistos, que causam disfunção renal, levando, finalmente, à falência renal. O diagnóstico pode ser feito de uma maneira nada agressiva, por meio de ultrasonografia ou através de exames de DNA. Aos 10 meses de idade o exame anatômico chega a 98 % de precisão, quando realizado por um veterinário experiente. Os exames de DNA são geralmente realizados em gatos com 8 a 10 semanas, e têm 100% de confiabilidade, em qualquer idade.

Vírus da Leucose Felina (FeLV)

Assim como o FIV, também o FeLV é imunodepressivo, afetando o sistema imunológico de forma gradual. Ou seja, retirando a capacidade do organismo de se defender contra as doenças ou infecções mais simples, podendo levar até à morte.

Além de um maior risco de infecções várias, o FeLV também está associado ao desenvolvimento de tumores ou leucemias mortais. Este vírus, que também só pode passar de gato para gato, é transmitido pela saliva, lágrimas, urina, fezes ou através do leite, na fase da amamentação.

A descoberta do vírus do FeLV é normalmente antecedida por sintomas como: perda ou falta de apetite, anemia, diarreia, doença respiratória crônica, infecções crônicas da boca e abcessos persistentes e recorrentes. No entanto, cerca de 25% a 30% dos gatos contaminados rejeitam o vírus, evitando assim a infecção; aproximadamente 30% mantém uma concentração elevada do vírus no sangue, com o risco de contrair linfoma ou outra doença associada ao FeLV; os restantes 40% desenvolvem uma infecção que acaba por passar, mas tornam-se portadores do vírus, que poderá ser facilmente ativado se o sistema imunológico estiver debilitado ou exposto a outras doenças.

Como não existe ainda qualquer cura para o vírus, os tutores dependerm dos cuidados paliativos e de alguns cuidados básicos, como a boa alimentação e alguns suplementos vitamínicos. Evitar o contato físico com outros animais, não compartilhar comedouros, bebedouros, brinquedos e caixas de areia e mante-los dentro de casa também são práticas a serem seguidas. Em média, um portador deste vírus vive dois anos, mas existem estudos que apontam para uma taxa de sobrevivência de três anos e meio para cerca de 83% dos felinos.

Entretanto, existe uma vacina contra o FeLV que o seu gato pode e receber. Informe-se com o seu veterinário.

Leucose

É uma das principais causas de morte nos gatos. Esta doença, provocada por um retrovírus, pode estar relacionada com uma situação de anemia, aparecimento de tumores ou leucemia. Um exame de sangué antes da vacinação é aconselhado para uma avaliação do estado do animal.

Rinotraqueíte

Com esse nome existem duas viroses responsáveis por sintomas idênticos, associados à patologia do sistema respiratório. A infecção por calicivírus ou por herpesvírus pode provocar lesões irreversíveis na mucosa respiratória, com uma desidratação generalizada intensa, podendo levar à morte dos pequenos gatinhos. Os gatos infectados já na idade adulta tornam-se portadores crônicos desse vírus.

Panleucopenia

É uma doença viral provocada por um parvovírus, que origina uma significativa diminuição do número de glóbulos brancos, bem como uma diarreia aguda. Pode levar à morte dos pequenos gatinhos e, na fêmea gestante, pode provocar malformações irreversíveis nos fetos.

Clamidiose

Esta doença provocada por uma bactéria é caracterizada por conjuntivites severas e por vezes alterações pulmonares profundas. Existem muitas variações dessa bactéria, tornando-se difícil a identificação precisa do agente responsável pela doença.

Toxoplasmose

É uma doença parasitária na qual o gato pode atuar como um dos hospedeiros do parasita (assim como o porco e a ovelha). Os últimos estudos científicos demonstram que, respeitando as seguintes regras, o risco de transmissão do gato ao homem é nulo:

  • Não alimentar o seu gato com carne crua ou mal cozida;
  • Eliminar, diariamente, o cocô da caixa de areia;
  • Limpar a caixa de areia ou o jardim sempre usando luvas;
  • Desparasitar regularmente o seu animal.

Fonte: Mundo dos Animais

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